Nos últimos 15 anos, uma contínua redução da incidência de Salmonelose em humanos foi observada, sendo auxiliada pela implementação de vários regulamentos da UE (veja Fig. 1) e por programas nacionais de controle da Salmonella. Desde 2014, porém, casos de Salmonelose humana voltaram a aparecer, como mostram relatórios recentes do Centro Europeu de Prevenção de Controle de Doenças (ECDC) e da Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA). Nesse mesmo período, um pequeno aumento na prevalência da Salmonella foi observado no consumo de ovos na UE. Embora isso talvez tenha contribuído, não sabemos exatamente quais são os principais motivos de casos de Salmonelose humana terem aumentado na UE. As pessoas estão se tornando menos conscientes do risco e estão negligenciando regras básicas de higiene? Os animais se tornaram mais suscetíveis à colonização de Salmonella ou ela se adaptou melhor e, assim, sua presença se tornou mais frequente no ambiente? Ou seriam as mudanças na criação de aves as responsáveis?

Figura 1. Regulamentos europeus referentes ao controle de Salmonella garding the control of Salmonella

Para controlar a contaminação por Salmonella das aves e dos ovos, é importante não apenas trabalhar com medidas preventivas voltadas à redução da incidência da Salmonella entrando em contato com as aves, mas também, quando isso acontece, reduzir imediatamente o risco de colonização intestinal e proliferação sistêmica dos órgãos internos.

O Salbiotic é um aditivo funcional que combina ácidos graxos de cadeia média ‘ativos’ (AGCMs) com o ácido lático para obter a máxima funcionalidade contra a colonização, crescimento e invasão da Salmonella no intestino delgado por fornecer uma barreira antibacteriana inicial ao estômago. Os AGCMs são muito eficientes ao inibir o crescimento da Salmonella (por danificar a parede celular da bactéria, aumentando a acidez do seu conteúdo e bloqueando a duplicação do DNA) por causa da sua baixa concentração inibitória mínima (CIM), que costuma ser expressa a um pH mais baixo (veja a Fig. 2). Devido ao seu valor de pKa baixo e ao seu efeito penetrante sobre a parede celular da bactéria, o ácido lático trabalha de modo sinérgico com os AGCMs contra a Salmonella por reduzir o pH no trato gastrointestinal superior e por fazer com que a parede celular bacteriana se torne mais penetrável para os AGCMs.

Em todas as concentrações do alimento abaixo da CIM, os AGCMs reduzem a virulência da Salmonella por reduzir o hilA, um gene fundamental da Salmonella que a permite invadir células epiteliais e, assim, continuar a colonizar o intestino delgado.

Para uma estratégia nutricional eficaz contra a Salmonella, é muito importante que a abordagem dietética não interfira com as outras medidas de controle, como a vacinação. Em um estudo recente realizado pela Agrimprove, foi comprovado que o uso de AGCMs na ração na dose aconselhada não afeta a eficiência da vacinação em galinhas contaminadas com Salmonella. Nesse estudo, galinhas com a alimentação controlada e suplementada com AGCMs foram vacinadas no primeiro dia por meio da inoculação oral de Avipro®Salmonella Duo, uma vacina bivalente que contém bactérias vivas e atenuadas e S. Enteritidis e S. Typhimurium. A eficácia da vacinação foi avaliada por se determinar o número de bactérias de Salmonella no ceco após a vacinação aos 6 e 13 dias de idade. Nenhuma das amostras indicava que alguma diferença podia ser observada nem na contagem da S. Enteritidis nem da S. Typhimurium no ceco das aves de ambos os grupos.

Para concluir, o Salbiotic é altamente eficaz na redução da colonização e proliferação da Salmonella em galinhas. Ele age de modo preciso, não tem efeitos colaterais, é seguro de usar e é perfeitamente compatível com outras medidas de controle: um elemento único para qualquer abordagem anti-Salmonella!

Especialista Agrimprove

David Hermans
David Hermans
Product Developer Poultry