À luz dos vários desafios enfrentados pela indústria dos frangos de corte, a otimização do desempenho intestinal ainda é um dos pontos fundamentais para possibilitar o crescimento ideal e a deposição de proteínas. Através da combinação de propriedades antibacterianas dos ácidos graxos de cadeia média (AGCMs) às propriedades de secreção de enzimas dos fitogênicos, o M-prove pode aprimorar as funções digestivas, permitindo a excelência do plantel.
Desafios da indústria de aves
Na indústria globalizada de aves, muitos desafios podem se apresentar. Eles costumam se agrupar em quatro categorias principais: (1) o comportamento do mercado e do consumidor, (2) a legislação, (3) a gestão e o processo de produção, e (4) a genética das aves (Figura 1).
O comportamento do mercado e do consumidor costuma ser o causador de produtos inovadores, os quais, eventualmente, podem resultar em novos regulamentos. Por esse motivo, podemos nos referir, por exemplo, ao tópico mais amplo do bem-estar animal e controle ambiental. Tendo sido questionado primeiro nos países escandinavos há algumas décadas, o bem-estar animal é hoje bem definido pelas portarias europeias (p. ex., a Portaria 2007/43/CE) e recentemente ganhou uma dimensão internacional.
A seleção genética resultou em raças diferentes de frangos de corte, cada uma apresentando diferenças no seu metabolismo. Como o progresso genético é um processo constante, precisamos otimizar esse metabolismo para desenvolver o mais pleno potencial genético dos frangos de corte.
O desempenho do trato gastrointestinal (TGI) pode ser otimizado por se alterar:
> A ingestão de alimentos e nutrientes
> A digestibilidade dos nutrientes
> A capacidade de absorção dos nutrientes
> Os processos de fermentação do TGI
> As necessidades de manutenção
> O processo de produção em si
Otimizando a capacidade digestiva dos frangos de corte
Além da boa gestão, não há dúvidas de que a estrutura, composição e estratégia alimentares são a base para um bom desempenho. Em harmonia com isso, o objetivo do M-prove é fornecer as condições que possibilitem os animais a acelerar seu desenvolvimento e tenham um desempenho acima da média. O M-prove é uma combinação de AGCMs bem selecionados e de componentes fitogênicos que contribui para o funcionamento ótimo do TGI. Ademais, a atividade antibacteriana dos AGCMs contribui para a redução da competição por nutrientes entre o animal e os patógenos facultativos. Essa atividade costuma ocorrer na moela, usando o sistema de defesa da própria ave (baixo pH), sem o surgimento de efeitos colaterais negativos, como a redução do pH no intestino delgado, o que poderia resultar em baixa atividade enzimática endógena.
Por auxiliar a microbiota a obter um balanço ótimo, os frangos de corte podem ser estimulados a consumir mais alimento. Entretanto, a digestibilidade dos nutrientes e a capacidade de absorção precisam ser aprimoradas também para permitir que as aves cresçam de modo mais eficiente. Os componentes fitogênicos do produto contribuem para aumentar a secreção de enzimas do pâncreas, o que pode aprimorar o seu funcionamento, a capacidade digestiva das aves, e assim, estimular a alimentação.
Tabela 1: O efeito do M-prove no funcionamento do TGI
Pâncreas peso (g) | Comprimento do intestino delgado (cm) | Peso do intestino delgado (g) | % de umidade nas fezes | pH no esterco | pH gástrico | |
Age (days) | 27 | 27 | 27 | 14 | 28 | 41 |
Negative control | 3,07 | 169,9 | 56,3 | 76,3 | 5,8 | 4,14 |
M-prove | 3,41 | 177,7 | 67,8 | 74 | 5,5 | 3,87 |
% change | +11,1% | 4,6+% | +20,4 | -3% | -5,2% | -6,5% |
O M-prove não só resultou em pâncreas numericamente mais pesados, mas em intestinos delgados mais densos, um parâmetro que indica a capacidade digestiva. Além desses efeitos sobre o intestino delgado, o M-prove também contribui para uma digestibilidade aprimorada por reduzir o pH gástrico, o que, por sua vez, aprimorou o efeito antibacteriano dos AGCMs. A digestibilidade e absorção aprimoradas (resultando na disponibilidade reduzida de nutrientes para as bactérias patogênicas) resultam em um teor de umidade reduzido no esterco, o que pode fazer a diferença no que se refere ao bem-estar animal.
Um ambiente do TGI com capacidade digestiva e de absorção mais altas está pronto para receber mais alimento, resultando em desempenhos melhores. Como podemos ver no experimento científico da Tabela 2, o M-prove resulta em uma ingestão maior de alimento, em mais ganho de peso e em um índice de conversão de alimentos aprimorado.
Controle negativo | M-prove | |
Média de ganho diário (g/dia) | 66.2b | 69.7a |
Consumo de alimento (g/dia) | 104.0b | 107.9a |
CA Corrigida (2,5 kg) | 1.54a | 1.46b |
Por combinar os AGCMs — que possuem um forte efeito antibacteriano e um efeito positivo sobre a eficiência do sistema imunológico — com componentes fitogênicos bem selecionados, estimulando os processos fisiológicos, dessa forma aprimorando a ingestão de alimentos e a capacidade digestiva, o M-prove pode otimizar o funcionamento do TGI no que se refere ao desempenho dos frangos de corte.